quarta-feira, 31 de março de 2010

10 coisas que a sua namorada não deve saber sobre você.

Copiado do Cogumelo Louco

Eu aprendi... (William Shaskeapeare)


Eu aprendi...
que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos 
mais pacíficos do mundo;

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Eu aprendi...
que ser gentil é mais importante do que estar certo;


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Eu aprendi...
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;


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Eu aprendi...
que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;


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Eu aprendi...
que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para
segurar e um coração para nos entender;


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Eu aprendi...
que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;


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Eu aprendi...
que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
 
Eu aprendi...
que dinheiro não compra 'classe';
 
Eu aprendi...
que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;


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Eu aprendi...
que debaixo da 'casca grossa' existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;


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Eu aprendi...
que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi...
que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
que quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

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Eu aprendi...
que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa,
é me cercar de gente mais inteligente do que eu;


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Eu aprendi...
que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

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Eu aprendi...
que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar 

as que você perdeu.

Eu aprendi...
que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai 

aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez 

tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi...
que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

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Eu aprendi...
que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;


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Eu aprendi...
que só se deve dar conselho em duas ocasiões:
quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi....
que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

(William Shaskeapeare)
A vida passa e tudo que levamos dela é aquilo que aprendemos aqui...

terça-feira, 30 de março de 2010

A alma paraense (Armando Nogueira)


A alma paraense (Armando Nogueira)


O Paysandu está pegando um Ita no Norte e desembarca com toda corda no Campeonato Brasileiro. É tricampeão dentro de casa, é campeão do Norte e acaba de ser pra sempre consagrado na Copa dos Campeões. Pra mim, que também sou daquelas bandas, o Paysandu é bem mais que um bom time de futebol. Se o Flamengo é um estado d’alma, o Paysandu é a própria alma paraense. É pimenta de cheiro, é o Círio de Nazaré, é tacacá com tucupi, é Eneida de Morais, tia de Fafá, mãe de Otávio, campeão botafoguense. É palmito de bacaba, é Billy Blanco, é açaí, é Jayme Ovalle, inventor do Azulão, tom profundo do azul-celeste, campeão dos campeões. E sempre será também Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Jane Duboc, canto e contracanto ao violão de Sebastião Tapajós, fluente como o rio que lhe dá o sobrenome.

O Paysandu é feijão de Santarém, é farinha de mandioca, é jambu, é manga-espada, é maniçoba que Raimundo Nogueira servia, declamando Manuel Bandeira:

“Belém do Pará, onde as avenidas se chamam Estradas. / Terra da castanha / Terra da borracha / Terra de biribá bacuri sapoti / Nortista gostosa / Eu te quero bem. / Nunca mais me esquecerei Das velas encarnadas, Verdes, Azuis, da Doca de Ver-o-Peso / Nunca mais / E foi pra me consolar mais tarde / Que inventei esta cantiga: Bembelelém, Viva Belém! Nortista Gostosa / Eu te quero bem.”

Paysandu, permita-me parafrasear Caymmi, cantando teu troféu de imensa glória: Agora, que vens para cá/ Um conselho que mãe sempre dá/ Meu filho, jogue direito que é pra Deus te ajudar.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Solidão...


Solidão na visão de Chico Buarque

                                            Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, 
                                            passear ou fazer sexo... isto é carência.
                                            Solidão não é o sentimento que experimentamos pela
                                            ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
                                            isto é saudade.
                                           Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às 
                                            vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
                                            Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos 
                                            impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa 
                                            vida... isto é um princípio da natureza.
                                            Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é 
                                            circunstância.
                                            Solidão é muito mais do que isto.
                                            Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e 
                                            procuramos em vão pela nossa alma. 
Atribuído a Chico Buarque de Holanda 



Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece?

No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só.

A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão espiritualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo.

Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam um a vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação. Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.

Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.

Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade?

A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico.

Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos.

Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente.

terça-feira, 23 de março de 2010

(Des)Evolução do Ensino

(DES) Evolução do Ensino



Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavo s, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?


2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?


3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?

 
4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
a) ( )R$ 20,00
b) ( )R$ 40,00
c) ( )R$ 60,00
d) ( )R$ 80,00
e) ( )R$ 100,00

 
5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?
a) ( )SIM
b) ( ) NÃO

 
6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
a) ( )R$ 20,00
b) ( )R$ 40,00
c) ( )R$ 60,00
d) ( )R$ 80,00
e) ( )R$ 100,00

 
7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro
descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não
precisa responder)
a) ( )R$ 20,00
b) ( )R$ 40,00
c) ( )R$ 60,00
d) ( )R$ 80,00
e) ( )R$ 100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança.

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o  exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos,  inclusive em respeitar o planeta onde vive..."

Retrato de um homem casado


 Retrato de um homem casado.

Mulher - Onde você vai?
Homem - Vou sair um pouco.
Mulher - Vai de carro?
Homem - Sim.
Mulher - Tem gasolina?
Homem - Sim…. coloquei.
Mulher - Vai demorar?
Homem - Não… coisa de uma hora.
Mulher - Vai a algum lugar específico?
Homem - Não… só rodar por aí.
Mulher - Não prefere ir a pé?
Homem - Não… vou de carro.
Mulher - Traz um sorvete pra mim!
Homem - Trago… que sabor?
Mulher - Manga.
Homem - Ok… na volta eu passo e compro.
Mulher - Na volta?
Homem - Sim… senão derrete.
Mulher - Passa lá, compra e deixa aqui..
Homem - Não… melhor não! Na volta… é rápido!
Mulher - Ahhhhh!
Homem - Quando eu voltar eu tomo com você!
Mulher - Mas você não gosta de manga!
Homem - Eu compro outro… de outro sabor.
Mulher - Aí fica caro… traz de cupuaçu!
Homem - Eu não gosto também.
Mulher - Traz de chocolate… nós dois gostamos.
Homem - Ok! Beijo… volto logo….
Mulher - Ei!
Homem - O que?
Mulher - Chocolate não… Flocos…
Homem - Não gosto de flocos!
Mulher - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
Homem - Foi o que sugeri desde o começo!
Mulher - Você está sendo irônico?
Homem - Não tô não! Vou indo.
Mulher - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
Homem - Querida! Eu volto logo… depois.
Mulher - Depois não… quero agora!
Homem - Tá bom! (Beijo.)
Mulher - Vai com o seu ou com o meu carro?
Homem - Com o meu.
Mulher - Vai com o meu… tem cd player… o seu não!
Homem - Não vou ouvir música… vou espairecer…
Mulher - Tá precisando?
Homem - Não sei… vou ver quando sair!
Mulher - Demora não!
Homem - É rápido… (Abre a porta de casa.)
Mulher - Ei!
Homem - Que foi agora?
Mulher - Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
Homem - Calma… estou tentando sair e não consigo!
Mulher - Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
Homem - O que quer dizer?
 Mulher - Nada… nada não!
Homem - Vem cá… acha que estou te traindo?
Mulher - Não… claro que não… mas sabe como é?
Homem - Como é o quê?
Mulher - Homens!
Homem - Generalizando ou falando de mim?
Mulher - Generalizando.
Homem - Então não é meu caso… sabe que eu não faria isso!
Mulher - Tá bom… então vai.
Homem - Vou.
Mulher - Ei!
Homem - Que foi, cacete?
Mulher - Leva o celular, estúpido!
Homem - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
Mulher - Não… caso aconteça algo, estará com celular.
Homem - Não… pode deixar…
Mulher - Olha… desculpa pela desconfiança, estou com saudade, só isso!
Homem - Ok, meu amor… Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
Mulher - Eu também! Posso futricar no seu celular?
Homem - Prá quê?
Mulher - Sei lá! Joguinho!
Homem - Você quer meu celular prá jogar?
Mulher - É.
Homem - Tem certeza?
Mulher - Sim.
Homem - Liga o computador… lá tem um monte de joguinhos!
Mulher - Não sei mexer naquela lata velha!
Homem - Lata velha? Comprei pra a gente mês passado!
Mulher - Tá..ok… então leva o celular senão eu vou futricar…
Homem - Pode mexer então… não tem nada lá mesmo…
Mulher - É?
Homem - É.
Mulher - Então onde está?
Homem - O quê?
Mulher - O que deveria estar no celular mas não está…
Homem - Como!?
Mulher - Nada! Esquece!
Homem - Tá nervosa?
Mulher - Não… tô não…
Homem - Então vou!
Mulher - Ei!
Homem - O que ééééééé, caralho?
Mulher - Não quero mais sorvete não!
Homem - Ah é?
Mulher - É!
Homem - Então eu também não vou sair mais não!
Mulher - Ah é?
Homem - É.
Mulher - Oba! Vai ficar comigo?
Homem - Não vou não… cansei… vou dormir!
Mulher - Prefere dormir do que ficar comigo?
Homem - Não… vou dormir, só isso!
Mulher - Está nervoso?
Homem - Claro, porra!!!
Mulher - Porque você não vai dar uma volta para espairecer?
Homem - Ah, vai tomar no cu…

Algumas relações são assim... outras, nem tanto, o que faz um relacionamento funcionar é a cumplicidade entre ambos... nada como a confiança pra fazer um relacionamento ser duradouro. 

sexta-feira, 19 de março de 2010

Manifesto de um temporário ao TJE/Pa




Eminente Conselheiro Relator,
membro desse Egrégio Órgão fiscalizador,
atendendo a Vossa intimação
venho, respeitosamente, esclarecer minha situação.

Sou CLÁUDIO JOSÉ QUEMEL,
homem simples, brasileiro nato,
em Direito sou Bacharel
por sorte não fui um Zé Ninguém desafortunado.

Hoje sou funcionário público de profissão,
mas já fui vendedor ambulante,
tirei bico de vigilante,
e motorista de caminhão.

Mas voltando ao requerido,
acerca da situação laboral
repito o que tenho dito
sobre o ingresso no Tribunal.

Com os documentos acostados,
a começar pela ficha funcional,
demonstro os anos dedicados
ao Judiciário Estadual.

Em maio de 1986, com 19 anos de idade,
então motorista particular,
vivia com dificuldade,
mas sonhava em melhorar.

No mês e ano referido,
passando por momento difícil,
com ajuda de um amigo querido,
ingressei no Cartório do 2º Ofício.

Para aquele jovem pobre,
sem perspectiva de vida,
era a oportunidade nobre
para a melhoria pretendida.

Em junho de 1988 se deu o vinculo funcional,
passei a desenvolver o meu labor
junto a um Eminente Desembargador
de respeito e cultura sem igual.

Exerci função gratificada
de Assistente, Assessor e Secretário,
com a justiça itinerante instalada
funcionei no grandioso projeto do Judiciário.

Na oportunidade, devo registrar
que até 1990 fui estatutário não estável,
passando para o quadro suplementar
após concurso interno inquestionável.

Pela evolução de enquadramento ocorrida,
em busca da melhor organização,
meu cargo atual é Analista.
Em Juizado desenvolvo minha função.

São cerca de 24 anos de exclusiva dedicação
que devem ser plenamente considerados.
Nunca agi com má-fé ou concussão.
Sempre busquei o melhor aos jurisdicionados.

Eis a minha situação funcional, Excelência,
a qual submeto a Vossa apreciação,
o Direito se ampara na doutrina e jurisprudência,
que certamente orientará Vossa decisão.

É inaceitável, desumano e impiedoso
que tantos trabalhadores nessa situação,
que deram parte da vida ao trabalho valoroso,
sejam expurgados, sem dignidade e consideração.

Os atos dos Administradores quanto à estabilidade funcional
demonstraram coerência e respeito
às garantias de Direito
previstas em nossa Carta Constitucional.

esse mesmo Diploma legal invocado,
que embasa o pedido de providência,
apresenta consubstaciado
respaldo para permanência.

Por fim, afirmo que não sou filho de desembargador,
tampouco parente de magistrado.
Sou um humilde trabalhador,
com receio de ficar desempregado.

Era o que tinha a esclarecer
a esse Egrégio Colegiado.
Espero favorável parecer
e arquivamento do procedimento instaurado.

Belém, 17 de março de 2010.
Analista Judiciário

Como meu amigo Cláudio José Quemel, existem milhares Brasil a fora... 22 anos de Tribunal, entrou antes da promulgação da Constituição de 1988. São mais de vinte e dois anos de trabalho para o Poder Judiciário... e seria justo ele sair com uma mão na frente e outra atrás??? É hora de pensar e analisar... afinal, cada caso é um caso!!! 

Enquanto isso, existem incontáveis concursados que após o fim do estágio probatório de 3 anos, passam a se arrastar pelos corredores do fórum sobre a infundada justificativa de que sua ESTABILIDADE lhe está garantida por lei... enquanto vemos funcionários nomeados suando a camisa e dando o sangue pelas secretarias e corredores do fórum, e muitas vezes levam até trabalho pra casa pra não deixar o jurisdicionado esperando por seu pleito!! Repensa, Brasil...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Árvore Genealógica






ÁRVORE GENEALÓGICA

- Mãe, vou casar!
- Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ?
- Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo.
- Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
- Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
-  Nada, não.. Só minha visão que está um pouco turva. E meu  coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
- Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor  falar logo...
- Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia  ter uma nora... Ou isso.
- Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho. Ou  um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um  genro quase fêmea...
- E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
- Tá ! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse  apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?
- Por quê ?
- Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
- Você acha que o Papai não vai aceitar ?
- Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele  vai sobreviver... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que  você achou sua cara-metade... E olha que espetáculo: as duas metade  com bigode.
- Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos  os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.
- A Bel já tá namorando.
- A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?
- Uma tal de Veruska.
- Como ?
- Veruska...
- Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
- Mãe !!!...
- Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico  triste porque não vou ter um neto...
- Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu  vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os  óvulos.
-  Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
- Quando ele era hétero... A Veruska.
- Que Veruska?
- Namorada da Bel...
- "Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual  namorada da tua irmã. Que é minha filha também... Que se chama Bel. É  isso? Porque eu me perdi um pouco...
- É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos  alugar um útero.
-  De quem ?
- Da Bel.
- Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então... Que a Bel vai  gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o  óvulo da namorada dela, que é a Veruska...
-  Isso.
- Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha,  filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
- Em termos...
- A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito.E dois  pais: a Veruska e a Bel.
- Por aí...
- Por outro lado, a Bel...,além de mãe, é tia... Ou tio....  Porque é tua irmã.
- Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o   Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser  gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai  trocar.
- Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre  da Veruska.
- Exato!
- Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
- Entendeu o quê?
- Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
- Que swing, mãe?!!....
- É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os  espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de  outra...
- Mas..
- Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E  pior... Com incesto no meio...
- A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso  filho, só isso...
- Sei!!!... E quando elas quiserem ter filhos...
- Nós ajudamos.
- Quer saber? No final das contas não entendi mais nada.  Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide... A única coisa que eu entendi  é que...
- Que.. ?
- Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser foda...

Texto atribuído a Luiz Fernando Veríssimo