quinta-feira, 29 de julho de 2010

A velha rabugenta


Quando uma velha senhora morreu na seção para o tratamento de doenças da velhice em uma pequena clínica perto de Dundee, na Escócia, todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.

Então, quando as enfermeiras verificaram seus poucos pertences, eles encontraram um poema. Sua qualidade e conteúdo impressionaram todas as pessoas, e todas as enfermeiras queriam uma cópia da  mesma.

Uma delas levou uma cópia para a Irlanda.

A única herança que a velha deixou a  seus sucessores  foi  publicado na edição  de Natal da notícia  da União para  a Saúde Mental na  Irlanda do Norte.

Este poema, simples mas eloqüente,  também foi apresentado  com slides.

Então, esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anônimo" que circula na Internet.


A Velha Rabugenta
 
Que vêem amigas?
Que vêem?
 Que pensam quando me olham?
 
Uma velha rabugenta
não muito inteligente
de hábitos incertos,
com seus olhos sonhadores
fixos ao longe?
 
A velha que cospe comida
que não responde
ao  tentar ser convencida...
“De, fazer um pequeno esforço?"
 
A  velha, que  vocês acreditam
que  não se dá conta das  coisas que vocês fazem
e  que continuamente perde  a sua escova ou
o  sapato ?
 
A velha, que contra sua vontade,
mas humildemente lhes permite
a fazer o que queiram,
que me banhem e me alimentem
só para o dia passar mais depressa....
 
É isso que vocês acham?
É isso que vocês vêem?
 
Se assim for,
abram  os olhos, amigas,
porque isso  que vocês vêem
não  sou eu!
 
Vou  lhes dizer quem sou,
quando estou sentada aqui, tão tranquila
como  me ordenaram...
 
Sou uma menina de  10 anos, que tem  pai e mãe,
irmãos  e irmãs que se  amam.
 
Sou uma jovenzinha de 16  anos.
Com asas nos  pés, e que sonha  encontrar seu amado.
 
Sou  uma noiva aos 20,
Que  o coração salta nas  lembranças,
Quando  fiz a promessa
Que  me uniu até o  fim de meus dias
com  o AMOR de minha  vida.
 
Sou  ainda uma moça com  25 anos,
Que  tem seus filhos,
Que  precisam que eu os  guie...
Tenho  um lugar seguro e  feliz !
 
Sou  a mulher com 30  anos.
Onde  os filhos crescem rápido,
E  estamos unidos com laços
que deveriam durar para  sempre...
 
Quando  tenho 40 anos
Meus  filhos já cresceram
E  não estão em casa...
Mas  ao meu lado está  meu marido
Que  me acalente
quando  estou triste.
 
Aos  cinquenta, mais uma  vez
comigo deixam os bebês, meus netos,
e de novo tenho a alegria das crianças,
meus entes queridos junto a mim
 
Aos  60 anos,
sobre  mim nuvens escuras aparecem,
meu marido está morto;
e quando olho meu futuro
me arrepio toda de terror.
 
Os  meus filhos se foram,
e agora tem
os   seus próprios filhos...
 
Então penso
em  tudo o que aconteceu  e no  amor que  conheci.
Agora  sou uma velha.
Que  cruel é a natureza....
 
A  velhice é uma piada
Que  transforma um ser humano
Em  um alienado.
 
O  corpo murcha
Os  atrativos e a força  desaparecem
Ali,  onde uma vez teve  um coração
Agora  há uma pedra.
 
No  entanto,
nestas  ruínas, a menina de  16 anos
ainda  está viva.
 
E o meu coração cansado,
ainda está repleto de sentimentos
Vivos  e conhecidos
 
Recordo  os dias felizes e  tristes
Em  meus pensamentos volto  a amar e a viver  o meu passado.
Penso  em todos esses anos
Que  foram, ao  mesmo tempo poucos
Mas  que passaram muito rápido,
 
E  aceito o inevitável..
Que  nada pode durar para  sempre...
por  isso, abram seus olhos  e vejam
 
Diante  de vocês não está  uma velha mal-humorada
Diante  de vocês estou apenas  “EU...”
 
Uma  menina, mulher e senhora
Viva...!!  E com todos os  sentimentos de uma vida...
 
Lembrem  deste poema da próxima  vez
que  se encontrar com uma  pessoa idosa mal-humorada
e  não a rejeitem,
 
Sem  olhar primeiro a sua  Alma Jovem…
 
Você….  vai estar algum dia em  seu lugar

segunda-feira, 26 de julho de 2010

As mãos de minha avó


As mãos de minha avó...

A minha avó que tinha mais de 90 anos, estava sentada num banco na varanda, e tinha um aspecto fraco. Ela não se mexia, estava apenas sentada a fixar seu olhar nas mãos. Quando me sentei ao pé dela, nem sequer se mexeu, não teve nenhuma reação.
Eu não a queria perturbar, mas ao fim de certo tempo perguntei-lhe se estava bem. Ela levantou a cabeça e sorriu para mim.
- Sim, eu estou bem, não te preocupes, respondeu ela com uma voz forte e clara.
- Eu não a queria incomodar, mas você estava aí com o olhar fixado em suas mãos, e eu apenas pretendi saber se estava tudo bem consigo.
- Já alguma vez viste bem as tuas mãos? Perguntou-me ela. Quer dizer, vê-las como deve de ser?
Então eu olhei para as minhas mãos e fixei-as. Sem compreender bem o que ela queria dizer, respondi que não, nunca tinha olhado bem para as minhas mãos.
A minha avó sorriu para mim e contou-me o seguinte:
- Pára um bocadinho e pensa bem como as tuas mãos te têm servido desde a tua nascença.
- As minhas mãos cheias de rugas, secas e fracas, foram as ferramentas que eu utilizei para abraçar a vida. Elas permitiram agarrar-me a qualquer coisa para evitar que eu caísse, antes que eu aprendesse a andar. Elas levaram a comida à minha boca e vestiram-me
Quando era criança a minha mãe mostrou-me como uni-las para rezar.
Elas ataram as minhas botas e meus sapatos.
Elas tocaram no meu marido e enxugaram as minhas lágrimas quando ele foi para a guerra. 
Elas já estiveram sujas, cortadas, enrugadas e inchadas.
Elas não tiveram jeito nenhum quando tentei segurar o meu primeiro filho.
Decoradas com a aliança de casamento, elas mostraram ao mundo que eu amava alguém único e especial.
Elas escreveram cartas ao teu avô, e tremeram quando ele foi enterrado.
Elas seguraram os meus filhos, depois os meus netos.
Consolaram os vizinhos e também tremeram de raiva quando havia alguma coisa que eu não compreendia.
Elas cobriram o meu rosto, pentearam os meus cabelos e lavaram o meu corpo.
Elas já estiveram pegajosas, úmidas, secas e com rugas.
Hoje, como nada funciona como dantes para mim, elas continuam a amparar-me e, eu ainda as uno para orar.
Estas mãos contêm a história da minha vida.
Mas, o mais importante, é que serão estas mesmas mãos que um dia,
Deus segurará para me levar com Ele para o seu Paraíso.
Com elas, Ele me colocará a Seu lado.
E lá, eu poderei utilizá-las para tocar na face de Cristo.
- Pensativo eu olhava para as minhas mãos.
Nunca mais as verei da mesma maneira.
Mais tarde Deus estendeu as Suas mãos e levou a minha avó para Ele.
Quando eu me machuco nas mãos, quando elas são sensíveis, quando acarinho os meus filhos, ou a minha esposa, penso sempre na minha avó.
Apesar da sua idade avançada, ainda teve inteligência suficiente para me fazer compreender o valor das minhas mãos!

Obrigado DEUS, pelas minhas Mãos!

Hoje é comemorado o Dia da Avó, e dedico esse post à minha vozinha! Vó, com a senhora aprendo coisas todos os dias, e isso se repetiu todos os dias ao longo dos meus quase trinta anos. Ainda espero que se repita por muito tempo, e possa passar isso aos meus filhos... Te amo! bjs, Breno.

Uma pescaria inesquecível...

Apenas uma questão de certo ou errado.

Ele tinha onze anos e, cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.

O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.

Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho.
- Mas, papai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele.

Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.

Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo.

Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dunga, um homem de verdade.


Dunga, um homem de verdade.

O Dunga foi capitão da seleção, lembram ? Xingava todo mundo e exercia liderança absoluta sobre seus colegas dentro do campo.

Para que a comissão técnica conseguisse bom comportamento do Romário durante a Copa botaram o mesmo a dormir no quarto do Dunga. Romário até hoje diz que o melhor amigo que ele teve na Seleção foi o Dunga, porque lhe deu sempre bons conselhos e conversavam horas a fio.

Foi capitão no Internacional de P. Alegre, do qual saiu porque reclamou duma diferença de 400.000 reais que não lhe pagaram. Abandonou as chuteiras, entrou na justiça e teve ganho de causa. E fez uma doação dos 400.000 reais para uma instituição de caridade de P. Alegre que atende crianças com câncer.

Qual jogador que faria isso nesse bando de mercenários que anda por aí ?

Como técnico tem suas convicções e delas não se afasta.

É viril, sim, como foi dentro de campo. Todo mundo sabe que, fora do campo, é uma moça tímida. Mas se transforma num guerreiro quando defende seu trabalho e suas convicções.

E exerce total liderança entre os jogadores, cada um deles com o Ego maior do que um transatlântico. Depois da partida contra Costa do Marfim, quase quebraram nossos melhores jogadores. Queriam que Dunga recitasse poemas parnasianos na entrevista ? Chamou alguns críticos de f...d...p... E daí ? Alguns são mesmo !

É um homem de verdade o Dunga. Num país habitado quase por fantoches e marionetes.

Como é honesto, é criticado.

Como é direto e coerente, é chamado de grosso.

Como não adula jornalista, é sabotado.

Como caga e anda para a crítica, é odiado.

A Globo que crie vergonha e critique a roubalheira que ocorre no país, sem medo de perder as verbas publicitárias dos Correios, Caixa Econômica e demais órgãos estatais.

E deixe o Dunga trabalhar em paz.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Morrem em vida é fatal


Morrer em vida é fatal

Nunca esqueci de uma senhora que, ao responder por quanto tempo pretendia trabalhar, respondeu com toda a convicção: “Até os 100 anos”. O repórter, provocador, insistiu: “E depois?”. “Ué, depois vou aproveitar a vida”.

É de se comemorar que as pessoas aparentem ter menos idade do que realmente têm e que mantenham a vitalidade e o bom humor intactos – os dois grandes elixires da juventude. No entanto, cedo ou tarde (cada vez mais tarde, aleluia), envelheceremos todos. Não escondo que isso me amedronta um pouco. Ainda não cheguei perto da terceira idade, mas chegarei, e às vezes me angustio por antecipação com a dor inevitável de um dia ter que contrapor meu eu de dentro com meu eu de fora.

Rugas, tudo bem. Velhice não é isso, conheço gente enrugada que está saindo da faculdade. A velhice tem armadilhas bem mais elaboradas do que vincos em torno dos olhos. Ela pressupõe uma desaceleração gradativa: descer escadas de forma mais cautelosa, ser traída pela memória com mais regularidade, ter o corpo mais flácido, menos frescor nos gestos, os órgãos internos não respondendo com tanta presteza, o fôlego faltando por causa de uma ladeira à toa, ainda que isso nem sempre se cumpra: há muitos homens e mulheres que além de um ótimo aspecto, mantêm uma saúde de pugilista. A comparação com os pugilistas não é de todo absurda: é de briga mesmo que estamos falando. A briga contra o olhar do outro.

Muitos se queixam da pior das invisibilidades: “Não me olham mais com desejo”. Ouvi uma mulher belíssima dizer isso num programa de tevê, e eu pensei: não pode ser por causa da embalagem, que é tão charmosa. Deve estar lhe faltando ousadia, agilidade de pensamento, a mesma gana de viver que tinha aos 30 ou 40. Ela deve estar se boicotando de alguma forma, porque só cuidar da embalagem não adianta, o produto interno é que precisa seguir na validade.

Quem viu o filme Fatal deve lembrar do professor sessentão, vivido por Ben Kingsley, que se apaixona por uma linda e jovem aluna (Penélope Cruz) e passa a ter com ela um envolvimento que lhe serve como tubo de oxigênio e ao mesmo tempo o faz confrontar-se com a própria finitude. No livro que deu origem ao filme (O Animal Agonizante, de Philip Roth), há uma frase que resume essa comovente ansiedade de vida: “Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça”.

Essa é a ardileza da passagem do tempo: ela não te sossega por dentro da mesma forma que te desgasta por fora. O corpo decai com mais ligeireza que o espírito, que, ao contrário, costuma rejuvenescer quando a maturidade se estabelece.

Como compensar as perdas inevitáveis que a idade traz? Usando a cabeça: em vez de lutarmos para não envelhecer, devemos lutar para não emburrecer. Seguir trabalhando, viajando, lendo, se relacionando, se interessando e se renovando. Porque se emburrecermos, aí sim, não restará mais nada.
Martha Medeiros

quarta-feira, 21 de julho de 2010

João e Maria


João e Maria.

João é um cara super legal. 
Extrovertido, cheio de amigos e, principalmente, amigas.
Sua vida é simples e boêmia, pois nunca perde a oportunidade de tomar aquela cervejinha com os companheiros.
Alvirrubro doente, não passa um jogo a que ele não assista.
Vai pro campo de camisa, bandeira, pinta a cara e veste peruca.
Fica dias de mau-humor quando o time perde e comemora como um louco as vitórias.
João é assim, um cidadão do bem.
Não fala mal dos outros, mas se antipatiza com alguém, não faz a menor questão de disfarçar.
Sem ser grosso, claro.
A mulherada adora João.

Também, quem não gosta de um cara assim?

Cheio das amigas, sempre as cumprimenta com um abração.
Algumas ele fica, outras já ficou e tantas outras ainda pretende ficar, mas sem estresse.
Apesar de lindo, João não faz o tipo galinha.
Tanto que, por trás desta vida cheia de farra, ele sente a maior falta de uma namorada.
Mas tem que ser assim, alguém tão gente boa e sem frescura quanto ele, do contrário, ele cai fora.

Do outro lado da cidade está Maria.
Ela bebe cerveja, assiste ao futebol nos bares da cidade e ainda berra palavrões se a defesa do seu time deixa passar uma bola.
Inteligente, bonita, independente...
Maria é o que podemos chamar de mulher moderna.
Seu telefone não pára de tocar com convites pra sair, viajar, bater um papinho regado à cerveja.
Maria tem um gosto eclético para uma mulher.
Além de futebol, curte filmes violentos e de ficção, como também, shows de rock.
Ela conta piadas sacanas e detalha sua vida sexual
pras amigas, que rolam de rir e retribuem, cada uma com suas respectivas aventuras.
Não faz pose de santinha e nem fica chocada quando ouve aquelas conversas tipicamente masculinas.
Amigos homens ela tem aos montes, apesar de ser uma gata supervaidosa, seu jeito maloqueira-chic deixa todos à vontade para... só amizade mesmo.
Claro que alguns ela já pegou, outros ela pega e outros ela ainda vai pegar.
É, porque Maria é quem pega, e não o contrário.
Apesar de adorar essa vida, ela sente falta de um cafuné, de aprofundar uma relação, de pensar num futuro.
Mas, como todos os mortais, tem lá seus traumas e receios.

De repente, num mágico dia de sol, João e Maria se esbarram, se agarram, ficam de rolo, transam, começam a namorar, casam, fazem filhos e vivem felizes para sempre!
Ah... como seria bom se a vida fosse assim: romântica e perfeita.

Mas, infelizmente, não é.
O que parecia ser a relação ideal se transforma num verdadeiro inferno.
João se escandaliza com a quantidade de álcool que a namorada bebe sem ficar alterada, não admite que ela fale nomes feios, e chama as amigas dela de raparigas.

Por outro lado, Maria não suporta a maneira íntima como ele trata as próprias amiguinhas. Quando algumas delas aparecem, Maria faz cara feia e diz que todas são putas e querem agarrá-lo.
Aí você deve estar pensando: mas pelo menos eles estão vendo os jogos do Campeonato Brasileiro juntos.
Que nada!!!
Ela não se interessa mais por futebol.
Gostava mesmo era de ir aos bares ver os caras nervosos, berrando e exalando testosterona.
E o que é pior, não quer ir e ainda implica quando o namorado diz que vai com os amigos.
Pro coitado comparecer ao campo, então, é um inferno.
A cerveja depois do jogo, e em qualquer outro horário, virou lenda.
É então que o cara começa a ceder pra evitar confusão, pois nessa altura do campeonato ela já o proibiu de sair com a rapaziada, e justifica dizendo que são todos um bando de cachaceiros e mulherengos.
O sexo e a esperança de que a relação volte a ser como era no início são as únicas coisas que seguram este casal.
Ela coloca a culpa nele e ele, nela, mas o que ninguém percebe é que ambos destruíram a relação.

Mas como a coisa chegou a este ponto sem que ninguém percebesse?
Eles ficam se perguntando.


A resposta pode ser mais simples do que se imagina, basta que cada um responda com total sinceridade às perguntas abaixo:

1- Por que a pessoa muda de personalidade quando começa a namorar, se o que atraiu o outro foi justamente quem você era no início?
2- Por que você obriga o outro a mudar de personalidade se foi essa a pessoa por quem você se apaixonou?
3- Por que as características que você acha tão legais nos seus amigos, são os maiores defeitos do seu parceiro?
4- Por que o cotidiano do casal tem que mudar completamente ao começar uma relação, ao invés de permanecer o mesmo e o novo namorado apenas ser, especialmente, inserido na sua rotina, sem criar grandes abalos?
5- Por que acreditar que todas as mulheres do mundo querem pegar seu namorado, como se ele tivesse se tornado a mais nova celebridade no dia em que vocês oficializaram a relação?
6- Por que infernizar a vida do outro querendo saber o que fez e com quem, antes de você existir, se você também tem um passado tão "negro e sórdido"?
7- E, o mais importante, por que todo esse inferno e mudanças de atitude e personalidade mútua começam exatamente quando se define a relação como NAMORO?

Enquanto se fica, ninguém cobra, ninguém tem ciúme, ninguém diz como você deve ser e agir.
É impressionante como existem pessoas que passam meses ficando, com toda regularidade, se falam quase todos os dias, sabem tudo da vida um do outro e até preservam uma certa fidelidade, mas não definem a relação porque temem o que pode se tornar, caso essa perigosa palavra seja pronunciada.

O sentimento de posse, de propriedade toma a pessoa de uma forma descontrolada e a fantasia da relação maravilhosa do início faz com que os parceiros cedam.
Cedem porque não agüentam a pressão, para evitar briga ou até mesmo, por medo de perder.
Mas, no fundo, guardam a esperança de que tudo vai voltar a ser como era antes...
Mas não volta.
Tudo vai ficando cada vez pior.
E esta mesma ilusão faz com que nenhum dos dois tome a decisão de terminar.
É mais fácil fingir ser quem o nosso parceiro quer que sejamos.
Ser uma pessoa na frente do namorado e outra quando se está na companhia dos amigos.
Mas fingir ser quem não é, irrita, incomoda, dá crise de identidade...
É então que começa a nascer uma raiva, um abuso da outra pessoa e até de si mesmo.

Seus olhos passam a enxergar novos horizontes e, de repente, trair não parece ser tão errado, nem difícil, afinal, quem garante que o outro já não está fazendo?

E com essa desculpa a pessoa sai chifrando sem sentir culpa.
Anos e anos depois, dois seres apaixonados e apaixonantes não mais se reconhecem e um certo dia, a bomba explode.
Solteiros novamente passam a ter aversão a namoro ou qualquer tipo de relacionamento que lembre aquela coleira usurpadora de liberdade e personalidade.
Relações casuais, sem cobranças e satisfações tornam-se ideais, mas o preço que se paga pela superficialidade é um pouco caro: não se vive grandes e loucas paixões, não há entrega, nem sonho, nem sexo com amor.
Há apenas aventuras sexuais.

Tudo isso, porque não conseguimos respeitar e amar o outro do jeito que ele é....

Dedico este texto a todos os Joãos e toda as Marias que já destruíram suas relações de tanto cobrar, impor, castrar e também ceder.
Que se anularam e perderam seus eixos até não saberem mais quem são e como se tornaram assim.
Mas, dedico principalmente, àqueles que estão inseridos neste processo hoje e ainda podem salvar suas relações."
Porque o amor só dura em liberdade e o ciúme, é só vaidade.

domingo, 4 de julho de 2010

Os sete sapatos sujos...



O escritor moçambicano Mia Couto, também licenciado em Biologia, fez uma oração de sapiência, na abertura do ano lectivo do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique.

Excertos desta oração foram publicados no “Courrier Internacional” de 2 de Abril.

Destacamos… “Os Sete Sapatos Sujos”:

“Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos.

À porta da modernidade precisamos de nos descalçar.

Eu contei Sete Sapatos Sujos que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos.

Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:

Primeiro Sapato: A ideia de que os culpados são sempre os outros.

Segundo Sapato: A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.

Terceiro Sapato: O preconceito de que quem critica é um inimigo.

Quarto Sapato: A ideia de que mudar as palavras muda a realidade.

Quinto Sapato: A vergonha de ser pobre e o culto das aparências.

Sexto Sapato: A passividade perante a injustiça.

Sétimo Sapato: A ideia de que, para sermos modernos, temos que imitar os outros.”

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mães...

Mãe é Fogo!

Mãe: Alô? 
Filha: Mãe? Posso deixar os meninos contigo hoje à noite?
Mãe: Vai sair?
Filha: Vou.
Mãe: Com quem?
Filha: Com um amigo.
Mãe: Não entendo porque você se separou do teu marido, um homem tão bom....
Filha: Mãe! Eu não me separei dele! ELE que se separou de mim!
Mãe: É... Você me perde o marido e agora fica saindo por aí com qualquer um...
Filha: Eu não saio por aí com qualquer um. Posso deixar os meninos?
Mãe: Eu nunca deixei vocês com a minha mãe, para sair com um homem que não fosse teu pai!
Filha: Eu sei, mãe. Tem muita coisa que você fez que eu não faço!
Mãe: O que você tá querendo dizer?
Filha: Nada! Só quero saber se posso deixar os meninos.
Mãe: Vai passar a noite com o outro? E se teu marido ficar sabendo?
Filha: Meu EX-marido!! Não acho que vai ligar muito, não deve ter dormido uma noite sozinho desde a separação!
Mãe: Então você vai dormir com o vagabundo!
Filha: Não é um vagabundo!!!
Mãe: Um homem que fica saindo com uma divorciada com filhos só pode ser um vagabundo, um aproveitador!
Filha: Não vou discutir mãe. Deixo os meninos ou não?
Mãe: Coitados... Com uma mãe assim...
Filha: Assim como?
Mãe: Irresponsável! Inconseqüente! Por isso teu marido te deixou!
Filha: CHEGA!!!
Mãe: Ainda por cima grita comigo! Aposto que com o vagabundo que tá saindo contigo você não grita.
Filha: Agora tá preocupada com o vagabundo?
Mãe: Eu não disse que era vagabundo!? Percebi de cara!
Filha: Tchau!!
Mãe: Espera, não desliga! A que horas vai trazer os meninos?
Filha: Não vou. Não vou levar os meninos, também agora não vou mais sair!
Mãe: Não vai sair? Vai ficar em casa? E você acha o que, que o príncipe encantado vai bater na tua porta? uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensa que é fácil encontrar marido? Se deixar passar mais dois anos, aí sim que vai ficar sozinha a vida toda! Depois não vai dizer que não avisei! Eu acho um absurdo, na tua idade você ainda precisar que EU te empurre para sair!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Homem inteligente falando de mulher - Um fato.


Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana. Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de autossobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.

Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres. Não faça sombra sobre ela.

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda. Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

Explicando os acontecimentos