quinta-feira, 29 de julho de 2010

A velha rabugenta


Quando uma velha senhora morreu na seção para o tratamento de doenças da velhice em uma pequena clínica perto de Dundee, na Escócia, todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.

Então, quando as enfermeiras verificaram seus poucos pertences, eles encontraram um poema. Sua qualidade e conteúdo impressionaram todas as pessoas, e todas as enfermeiras queriam uma cópia da  mesma.

Uma delas levou uma cópia para a Irlanda.

A única herança que a velha deixou a  seus sucessores  foi  publicado na edição  de Natal da notícia  da União para  a Saúde Mental na  Irlanda do Norte.

Este poema, simples mas eloqüente,  também foi apresentado  com slides.

Então, esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anônimo" que circula na Internet.


A Velha Rabugenta
 
Que vêem amigas?
Que vêem?
 Que pensam quando me olham?
 
Uma velha rabugenta
não muito inteligente
de hábitos incertos,
com seus olhos sonhadores
fixos ao longe?
 
A velha que cospe comida
que não responde
ao  tentar ser convencida...
“De, fazer um pequeno esforço?"
 
A  velha, que  vocês acreditam
que  não se dá conta das  coisas que vocês fazem
e  que continuamente perde  a sua escova ou
o  sapato ?
 
A velha, que contra sua vontade,
mas humildemente lhes permite
a fazer o que queiram,
que me banhem e me alimentem
só para o dia passar mais depressa....
 
É isso que vocês acham?
É isso que vocês vêem?
 
Se assim for,
abram  os olhos, amigas,
porque isso  que vocês vêem
não  sou eu!
 
Vou  lhes dizer quem sou,
quando estou sentada aqui, tão tranquila
como  me ordenaram...
 
Sou uma menina de  10 anos, que tem  pai e mãe,
irmãos  e irmãs que se  amam.
 
Sou uma jovenzinha de 16  anos.
Com asas nos  pés, e que sonha  encontrar seu amado.
 
Sou  uma noiva aos 20,
Que  o coração salta nas  lembranças,
Quando  fiz a promessa
Que  me uniu até o  fim de meus dias
com  o AMOR de minha  vida.
 
Sou  ainda uma moça com  25 anos,
Que  tem seus filhos,
Que  precisam que eu os  guie...
Tenho  um lugar seguro e  feliz !
 
Sou  a mulher com 30  anos.
Onde  os filhos crescem rápido,
E  estamos unidos com laços
que deveriam durar para  sempre...
 
Quando  tenho 40 anos
Meus  filhos já cresceram
E  não estão em casa...
Mas  ao meu lado está  meu marido
Que  me acalente
quando  estou triste.
 
Aos  cinquenta, mais uma  vez
comigo deixam os bebês, meus netos,
e de novo tenho a alegria das crianças,
meus entes queridos junto a mim
 
Aos  60 anos,
sobre  mim nuvens escuras aparecem,
meu marido está morto;
e quando olho meu futuro
me arrepio toda de terror.
 
Os  meus filhos se foram,
e agora tem
os   seus próprios filhos...
 
Então penso
em  tudo o que aconteceu  e no  amor que  conheci.
Agora  sou uma velha.
Que  cruel é a natureza....
 
A  velhice é uma piada
Que  transforma um ser humano
Em  um alienado.
 
O  corpo murcha
Os  atrativos e a força  desaparecem
Ali,  onde uma vez teve  um coração
Agora  há uma pedra.
 
No  entanto,
nestas  ruínas, a menina de  16 anos
ainda  está viva.
 
E o meu coração cansado,
ainda está repleto de sentimentos
Vivos  e conhecidos
 
Recordo  os dias felizes e  tristes
Em  meus pensamentos volto  a amar e a viver  o meu passado.
Penso  em todos esses anos
Que  foram, ao  mesmo tempo poucos
Mas  que passaram muito rápido,
 
E  aceito o inevitável..
Que  nada pode durar para  sempre...
por  isso, abram seus olhos  e vejam
 
Diante  de vocês não está  uma velha mal-humorada
Diante  de vocês estou apenas  “EU...”
 
Uma  menina, mulher e senhora
Viva...!!  E com todos os  sentimentos de uma vida...
 
Lembrem  deste poema da próxima  vez
que  se encontrar com uma  pessoa idosa mal-humorada
e  não a rejeitem,
 
Sem  olhar primeiro a sua  Alma Jovem…
 
Você….  vai estar algum dia em  seu lugar

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