sábado, 24 de abril de 2010

Nunca subestimem os idosos!

NUNCA SUBESTIMEM OS IDOSOS



Uma velhinha foi ao supermercado e colocou a ração de gato mais cara no carrinho.

A moça do caixa disse:
- Me desculpe, mas nós não podemos lhe vender a ração de gatos sem provas de que a senhora realmente tem gatos. Muitos idosos compram ração de gatos para comer, e a gerência quer provas de que a senhora esteja realmente comprando a ração para o seu gato.

A velhinha foi para casa, pegou o gato e o levou ao super mercado e eles então venderam a ração prá gato.

No dia seguinte, a velhinha foi ao super mercado novamente e comprou 12 dos mais caros biscoitos prá cachorro.

A caixa, novamente, pediu provas de que ela realmente tinha um cachorro, explicando que os idosos costumavam comer comida de cachorro.

Frustada, ela foi para casa e voltou com seu cachorro, e pôde levar os biscoitos.

No outro dia, a velhinha voltou ao mercado trazendo uma caixa com um buraco na tampa e pediu para a moça colocar o dedo no buraco.

A moça da caixa disse:
- Não! pode ter uma cobra aí dentro!!!

A velhinha lhe assegurou que não tinha cobra de estimação, e que não havia nada na caixa que pudesse mordê-la...

Então a moça do caixa enfiou o dedo no buraco, tirou, cheirou e disse:
-Hummmmmmm... mas isto é merda!!!

A velhinha então sorriu de orelha a orelha, e confirmou: é merda mesmo!
- Agora, minha querida, eu posso comprar três rolos de papel higiênico???

Assim são os idosos, pessoas que trazem impregnado nelas o testemunho de uma geração devido ao acúmulo dos anos vividos. Para eles, hoje, o tempo não tem a mesma importância de outrora e, se ainda usam o relógio de pulso é apenas como um acessório. Com a idade avançada, os passos se tornam mais lentos e os sentidos debilitados, alguns ainda mantêm a lucidez suficiente para contar suas repetidas histórias, as quais parecem ter importância, sobretudo, para os netinhos.

Pessoas – que merecem atenção e respeito – são discriminadas pela sociedade por considerá-las fora de um padrão estipulado como ideal. Aliás, convencionou-se que uma pessoa é idosa aos 65 anos de idade. Sabemos que muitas delas ainda têm condições de contribuir em muito com a mesma sociedade que as discrimina e descarta. Entretanto, muitas vezes, essa convenção ditada pelo meio social traz para a pessoa mais velha a sensação de que ela é um estorvo, incapaz de produzir ou oferecer alguma coisa útil.

A cultura imposta pela sociedade a respeito do idoso, gradativamente, é aplicada dentro de muitos lares. Infelizmente, em algumas famílias o comentário que se faz a respeito do mais velho é o comparando a um traste, alguém que somente dá trabalho, uma pessoa lerda e caduca ou cheia de doenças. Esquecem que aquele que agora tem a pele frouxa, sensível e uma visão fraca, em outros tempos, dedicou muito de sua vida no cuidado deles, quando eram bebês indefesos, os quais hoje deveriam retribuir com os mesmos gestos de carinho e respeito.

Sabemos que, a cada novo dia, os anos de vida se tornam mais pesados – tanto para os mais novos quanto aos mais velhos. Para estes, em especial, as tarefas mais simples do dia-a-dia se tornam cada vez mais difíceis, obrigando-os a se tornarem dependentes e merecedores dos mesmos cuidados que se aplicam às crianças.

Independentemente da nacionalidade, raça, cor ou condições financeiras, a natureza nos força a trilhar os mesmos caminhos percorridos por aqueles que nos antecedem. Se não houver a valorização dos méritos das pessoas mais velhas de nossa parte, nossos filhos estarão crescendo e sendo formados sob os mesmos conceitos, aos quais provavelmente nós é que seremos submetidos em alguns anos. Lembremos que podemos ser tratados pelos nossos jovens da mesma maneira que estamos ensinando-os a tratar os seus idosos.

Aqueles que souberem aproveitar do convívio com os mais velhos terão muito a aprender com seus conselhos. Pois estes, apesar de terem as forças tragadas pelos anos, vão continuar nos ensinando com a atitude humilde de permitir que sejam guiados ou até mesmo ajudados na sua higiene pessoal.

Com a riqueza acumulada ao longo dos anos, a presença dos mais velhos traz para os mais novos o tesouro daqueles que aprenderam a ver o mundo com os olhos do coração. Ainda que não tenham mais o mesmo vigor destes, nossos velhos detêm o conhecimento e a sabedoria que não são aprendidos em livros e estão sempre dispostos a partilhar tal riqueza.

Se não podemos mudar o conceito do mundo a respeito dos idosos, muito podemos fazer no nosso universo familiar. O respeito começa em casa.
Texto da Canção Nova

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